O que é ser anti-idadista?

5 minutes - 23 de setembro de 2021 - por Equipe Danone Nutricia

Talvez você nunca tenha ouvido falar do idadismo, mas talvez já tenha tomado alguma atitude discriminatória em relação aos idosos ou, se for idoso, já tenha sofrido preconceito na pele.

É o que afirma a Organização Mundial da Saúde, que defende que a sociedade precisa rever seus conceitos no que diz respeito ao envelhecimento. Um relatório recente da OMS diz que a idade tem sido utilizada como único critério para definir uma série de comportamentos e oportunidades, inclusive no contexto da pandemia de Covid-19.

“Conforme os países procuram se recuperar e reconstruir da pandemia, não podemos deixar que estereótipos baseados na idade, preconceitos e discriminação limitem as oportunidades para garantir a saúde, o bem-estar e a dignidade das pessoas em todos os lugares", disse o Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

Na década do envelhecimento saudável (2021 - 2030), estabelecida pela ONU para que todas as pessoas tenham a oportunidade de envelhecer de forma plena, combater o idadismo é um dos pilares para construir uma sociedade mais receptiva aos idosos. Entenda o que é ser anti-idadista:

O que é idadismo

O idadismo nada mais é o do que uma forma de discriminação baseada na idade, na qual as pessoas mais velhas são enquadradas em estereótipos. Acreditar que idosos são frágeis, incapazes, solitários e “esquecidos” são alguns exemplos, assim como deixá-los de lado ou privá-los de oportunidades e experiências.

A expressão “idadismo” é uma tradução para o português do termo em inglês “ageism”, que se refere a avaliações negativas feitas sobre pessoas em relação à sua idade.

A discriminação e intolerância contra idosos está presente em todos os setores da sociedade, como no mercado de trabalho, nos sistemas de saúde, nas atividades comerciais e até mesmo nos seios familiares. Segundo artigo de revisão publicado na Revista Nature, além de prejudicar diretamente a vida das pessoas mais velhas, o idadismo também traz consequências sociais amplas.

Entre as pessoas idosas, o envelhecimento está associado a uma saúde física e mental mais precária, a um maior isolamento social e solidão, assim como maior insegurança financeira, pouca qualidade de vida e morte prematura. Estima-se que 6,3 milhões de casos de depressão em todo o mundo estejam relacionados ao envelhecimento.

Segundo a OMS, o envelhecimento custa bilhões de dólares à sociedade. Isso porque um envelhecimento permeado por estereótipos é, também, um envelhecimento menos produtivo e saudável, o que impacta serviços de saúde física e mental, o mercado de trabalho e o bem-estar dos idosos e suas famílias.

O que é ser anti-idadista?

Ser anti-idadista é combater esses preconceitos relacionados à idade e embarcar na Década do Envelhecimento Saudável, abraçando a causa. Veja alguns estereótipos que devem ser combatidos:

  • Atribuir o esquecimento à idade
  • Acreditar que as pessoas mais velhas “já tiveram sua vez” e não merecem viver novas oportunidades e experiências
  • Acreditar que os mais velhos são solitários
  • Acreditar que os idosos estão muito velhos para fazer certas atividades
  • Infantilizar o idoso

A OMS destaca que combater o idadismo também depende de políticas e leis que abordam o envelhecimento, assim como de atividades que educam e promovem a empatia com os mais velhos.

O anti-idadismo deve ser cultivado tanto no trabalho e nos estudos, quanto nas relações interpessoais. Além de ser importante para a sociedade e pessoas mais velhas que amamos, combater o idadismo é, na verdade, interesse de cada um. Afinal, todos nós queremos envelhecer de bem com a vida.

Referências:

Organização Mundial da Saúde. Ageism is a global challenge: UN.

Nature. Looking to an anti-ageist future.

Academia Brasileira de Letras. Idadismo.

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