Diabetes gestacional: sintomas, como tratar e riscos para o bebê
Alteração na glicemia é mais comum a partir do sexto mês e tem de ser controlada para não causar riscos à mulher e ao bebê
A diabetes gestacional é a alteração de glicemia diagnosticada, pela primeira vez durante a gravidez. É mais comum que ela apareça a partir dos 6 meses e persista até o final da gravidez.
A insulina é o hormônio responsável por controlar o nível de açúcar na corrente sanguínea. Ele é fabricado no pâncreas e é tido como uma espécie de “chave” para abrir as "fechaduras das células", permitindo a entrada da glicose que é usada para gerar energia. Geralmente, a diabetes gestacional aparece porque os hormônios da gravidez interferem nesse processo.
Se a glicose não consegue entrar nas células, ela se acumula no sangue, o que causa a diabetes. É importante ressaltar que, no caso da gravidez, a mãe precisa produzir mais insulina para dar conta daquele outro corpinho que está ali. Quando a mulher tem diabetes gestacional, o pâncreas se mostra incapaz de fazer esse papel pela mãe e pelo bebê.
Isso pode trazer riscos para a saúde do bebê, pois quando ele é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no útero da mãe, há maior risco de desenvolver obesidade e diabetes no futuro. Além disso, ele pode sofrer crescimento excessivo (macrossomia fetal), dificuldades no parto e hipoglicemia neonatal.
Como prevenir a diabetes gestacional
Mesmo que o problema seja mais recorrente a partir do segundo trimestre de gestação, é recomendado por especialistas que o exame de glicemia de jejum seja realizado logo nos primeiros três meses, para identificá-lo numa fase precoce. A diabetes pré-gestacional, como é chamada o tipo que acontece logo na fertilização, pode causar complicações severas ao bebê, como retardo no crescimento e problemas congênitos, caso não seja tratada desde o início. No caso da mãe, a alta taxa de glicose no sangue pode favorecer o aparecimento de infecções.
O exame é importante porque, geralmente, a doença não apresenta sintomas evidentes, apenas alguns sinais que podem ser confundidos facilmente com a gravidez, como cansaço, apetite acima do normal e vontade mais frequente de urinar.
Há outros dois fatores que podem indicar o aparecimento da doença: crescimento acelerado e anormal da criança e o aumento no nível do líquido amniótico, responsável por envolver o bebê, preenchendo a bolsa amniótica. Esses sinais podem ser identificados por um exame de ultrassom.
Alguns fatores podem ser tidos como catalisadores para o surgimento da doença, como obesidade ou ganho de peso excessivo durante a gestação, idade materna avançada (superior a 35 anos), casos na família em parentes de primeiro grau, pré-eclâmpsia, hipertensão, síndrome do ovário policístico e baixa estatura (inferior a 1,5 m).
Como tratar a diabetes gestacional
O tratamento é feito à base de uma dieta rica e variada, além da prática de atividades físicas. Somente 20% das gestantes precisam fazer a aplicação da insulina para regular os níveis de glicose no sangue: neste caso, não há riscos nem para a gestante, nem para o bebê.
Caso a paciente já possua a doença antes de engravidar, é importante que ela planeje a gestação, visto que a maioria dos remédios utilizados para controlar o hormônio são contraindicados durante a gravidez.
Mesmo que a diabetes desapareça, em média, num intervalo de três a quatro dias após a paciente dar à luz, pacientes que desenvolveram uma vez a condição durante a gestação têm maior propensão para se tornarem diabéticas posteriormente e mais chances de apresentar o mesmo problema em uma gravidez posterior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes - (“Diabetes na gestação: recomendações para o preparo e o acompanhamento da mulher com diabetes durante a gravidez”)
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes - (“Diabetes mellitus gestacional: diagnóstico, tratamento e acompanhamento pós-gestação”)
Universidade Estadual do Rio de Janeiro - (“Diabetes na Gestação”)
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